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Programa de Ações Preventivas da GCM luta no combate às drogas

- 05 de julho de 2018

O Programa de Ações Preventivas da Guarda Municipal de Barueri (PAP) vem ampliando o alcance de atendimento aos jovens e adolescentes com o objetivo de alertar sobre os riscos que o álcool e entorpecentes podem causar.

As palestras são realizadas para alunos do 8º e 9º ano do Ensino Fundamental da rede municipal e para o Ensino Médio estadual, compreendendo a idade entre 13 e 17 anos. Nelas, os adolescentes recebem orientações dos Guardas Municipais que são capacitados pela Rede Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública).

Desde o início do ano já foram atendidos mais de 2.100 alunos e a expectativa é que toda a rede de ensino municipal seja atendida até o final do ano, levando os jovens ao entendimento de que boas escolhas hoje podem proporcionar um futuro mais digno longe das drogas.

O PAP não se limita apenas às escolas de Barueri. No final do mês passado, quando foi comemorado o Dia Mundial de Combate às Drogas, a Secretaria de Segurança e Mobilidade Urbana realizou em seu auditório um encontro com aproximadamente 50 jovens de três ONGs da cidade. Para a psicóloga Marilde Batista Novelli, coordenadora do Departamento de Humanização da SSMU, atividades como esta ampliam os horizontes dos jovens e oferecem alternativas de vida segura e saudável. “É importante que o jovem se sinta amparado, protegido e que conheça todo o aparato com o qual pode contar”, ressalta.

Na ocasião, representantes de cada departamento do Batalhão da Guarda trouxeram reflexões importantes sobre o uso de drogas no dia a dia. Para Flávio Júnior Costa (18 anos) que já participou de uma das palestras, a orientação vem a calhar. “Hoje, vivemos essa realidade bem perto de nós. Tenho amigos do bairro que fazem uso de drogas e muitos acham que isso vai tirar do problema, mas, pelo contrário. Para nós, ter essa oportunidade de ouvir sobre os riscos é muito bom”, conclui.

Caso real
Pode até parecer corriqueiro o fato de falar sobre drogas aos jovens, mas o assunto é de tamanha importância. Os poucos minutos em que os agentes passam com os adolescentes podem se tornar valiosos para uma vida inteira.

Aos 17 anos, Robson Ferreira (hoje com 37 anos) experimentou maconha e cocaína pela primeira vez. O uso diário desses entorpecentes com os amigos o levou a conhecer o crack, do qual se tornou dependente durante 11 anos. Atraído pelo uso constante da droga, foi parar na Cracolândia em São Paulo, onde ficou em situação de rua por quatro anos, chegando a traficar. “O vício era tão forte que eu usava de 60 a 70 pedras por dia. Neste tempo eu não trabalhava, apenas traficava para ter mais drogas” contou.

O jovem comeu lixo na rua e pesou apenas 50 quilos, chegando à prática de alguns furtos para sustentar o vício, até que foi encontrado e acolhido pelo projeto Cristolândia que trabalha na reabilitação de dependentes químicos. Foi lá que conseguiu vencer o vício. “Estou limpo há oito anos e se pudesse voltar no tempo faria tudo diferente. Nunca teria experimentado as drogas, deveria ter terminado meus estudos e trabalhado como todo mundo. Queria uma vida normal”, ressaltou. 

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