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No Dia Nacional de Combate ao Colesterol, HMB explica a doença e como controlá-la

- 08 de agosto de 2018

Apesar de quase sempre ser visto como vilão, o colesterol é fundamental para o funcionamento do corpo humano, por isso, no Dia Nacional de Combate ao Colesterol (celebrado em 8 de agosto), o Hospital Municipal de Barueri (HMB) explica a importância, as diferenças e os cuidados relacionados a este componente.

Popularmente classificado como bom ou mau, o colesterol é um álcool produzido naturalmente pelo organismo, principalmente no fígado, mas que também pode ser adquirido em alimentos de origem animal, como leite e derivados, carnes e embutidos, conforme esclarece Vanessa Barbosa, gerente de nutrição do HMB.

O colesterol pode ser HDL, LDL, VLDL ou triglicérides, e o que diferencia cada tipo é a sua densidade, responsável também pela divisão entre bom e mau. O LDL (baixa densidade), o VLDL e os triglicérides são considerados maus, pois conduzem o excesso de colesterol do fígado para os outros órgãos. “Durante a circulação, o excesso de colesterol ruim pode se acumular nos vasos sanguíneos, que juntamente com outros fatores, como inflamações, podem gerar um quadro de infarto”, conta Hector Novillo, cardiologista do HMB. Em contrapartida, o HDL (alta densidade), reconhecido como bom, recolhe o excesso de colesterol e o conduz de volta para o metabolismo do fígado, além de ser veículo condutor de hormônios, conforme explica o cardiologista.

O colesterol alto é uma doença totalmente assintomática, podendo ser identificada no HMB apenas com exame de sangue, por isso a necessidade de fazê-lo regularmente. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, para jovens maiores de 20 anos, o ideal é que o valor total do colesterol seja menor que 200 mg/dl (miligramas por decilitro de sangue), sendo que o LDL é desejável entre 100 e 129 mg/dl e o HDL maior que 60 mg/dl.

Justamente por ser uma doença silenciosa, alguns fatores de risco precisam ser considerados, como, por exemplo, os genéticos, sedentarismo e má alimentação. “Magreza não tem a ver com colesterol baixo. Uma pessoa magra pode ter este tipo de complicação, por causa de uma herança familiar”, afirma Novillo, que enfatiza a importância da precaução.

A melhor forma de prevenir e tratar o colesterol ruim é com a prática de exercícios, que, dentre inúmeros benefícios, ainda inibe a produção da hepatolipase, enzima capaz de transformar o colesterol bom em ruim. “A atividade física é como um anti-inflamatório natural e é a base do tratamento para colesterol alto”, pontua Hector, destacando também que apenas em casos específicos a medicação entra no tratamento, e apenas como coadjuvante.

Aliados aos exercícios, alguns alimentos também colaboram para o controle do colesterol. “Podemos alcançar a redução do colesterol total com o aumento do consumo de alimentos ricos em fibras, como grãos integrais, verduras, legumes e frutas com casca”, comenta a nutricionista, que alerta para a necessidade também de reduzir a ingestão de óleos, gorduras e açúcares de modo geral.