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Assistência domiciliar de Barueri mantém rotina de atendimentos durante pandemia

- 09 de abril de 2020


As fotos desta reportagem são de atendimentos do PAD no ano passado.



Em nenhum momento durante esse período de quarentena devido a pandemia por coronavírus os cerca de 350 pacientes atendidos pelo Programa de Assistência Domiciliar (PAD) de Barueri ficaram sem atendimento.

Redobrando os cuidados preventivos, a equipe do PAD mantém a rotina de atenção aos pacientes acamados que fazem parte do Programa. Médicos generalistas, profissionais de enfermagem e fisioterapeutas compõem a equipe básica, mas pediatras, nutricionistas, fonoaudiólogos e assistentes sociais também entram em cena de acordo com o perfil e as necessidades do paciente.

Idosos, crianças, pessoas de meia idade, não importa a faixa etária, o Programa se estende a quem precisa de acompanhamento clínico contínuo, mas não tem como se deslocar até a unidade de saúde.

A regularidade das visitas também depende do estado de saúde de cada pessoa atendida. Alguns recebem o atendimento presencial mensalmente; outros necessitam de uma maior frequência. A enfermeira responsável técnica do Programa, Maria de Fátima da Silva, conta que são cinco equipes que cobrem o atendimento em toda a cidade. Essas equipes, no entanto, se dividem de acordo com as complexidades dos casos.

PAD de Barueri vai além
Pelo Ministério da Saúde, a formatação original do PAD abrangeria apenas atendimentos a pacientes com comorbidades, acamados e portadores de algum dispositivo como sondas, oxigênio, traqueostomia, dentre outros. Esse é o que os profissionais classificam como AD2 (Assistência Domiciliar tipo 2).

Em Barueri, no entanto, o serviço vai bem além. O atendimento domiciliar no município engloba o AD1 (pacientes acamados mas em condições melhores, cujas visitas podem ser feitas a cada dois ou três meses); e também o AD3 (que se refere a pacientes com os mesmos quadros do AD2, mas com patologias como hipertensão, diabetes ou outra complexidade maior, além da dependência de oxigênio).

Assistência diferenciada
O vínculo criado por meio dessa assistência também é algo que Maria de Fátima destaca, pois é imprescindível nessa modalidade de atendimento em saúde.

“O vínculo se estabelece automaticamente porque é um trabalho muito diferenciado, você tem uma equipe que adentra sua casa, frequenta o ambiente. É um serviço que não caminha sem vínculo, é uma confiança muito assertiva, porque quando eles não querem você não entra na residência”, descreve a profissional.  

Além do suporte médico, há toda uma atenção voltada ao cuidador, afinal, a pessoa que acompanha o paciente também precisa de orientação. Em alguns momentos a equipe do PAD realiza reuniões e encontros dedicados aos cuidadores. Eles têm até uma cartilha, criada em conjunto, que aborda desde o cuidado mais simples até o mais complexo.  

Além da assistência médica e especializada em domicílio, o PAD também é responsável pelo fornecimento de dispositivos como cama hospitalar, oxigenoterapia, sondas de maior complexidade, CPAPs e BiPAPs (dispositivos para tratamento de distúrbios respiratórios), dentre outros. O setor de oxigênio trabalha 24 horas por dia.
 

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