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Artesanato é ferramenta contra ansiedade e outros males na UBS do Jardim Belval

- 12 de julho de 2019

De laçada em laçada lindas peças vão tomando forma, mas é durante a confecção que a verdadeira mágica acontece. O projeto “Tecendo Saúde, Arte e Convivência”, criado pelo Serviço Social e o Consultório na Rua da Unidade Básica de Saúde (UBS) Hermelino Liberato Filho, do Jardim Belval, têm reunido pessoas de diferentes faixas etárias para fazer artesanato - no caso o crochê - ao mesmo tempo em que praticam a prevenção e a promoção de saúde.

Fortalecer o autocuidado e os potenciais do fazer criativo, criar vínculos de convivência na Atenção Básica, desenvolver habilidades motoras e de comunicação, dar oportunidade de os participantes permanecerem intelectualmente ativos, reduzir efeitos da depressão e diminuir a ansiedade são alguns dos pontos trabalhados durante as aulas.

Multiprofissional, o grupo, que iniciou no dia 24 de abril deste ano, é coordenado pela assistente social Ivani Maria de Souza, a técnica de enfermagem Ana Maria de Frias e as terapeutas ocupacionais Caty Fernandes Teodoro e Aline Beraldo. Os participantes se reúnem a cada 15 dias, às quartas-feiras das 9h30 às 12h, mas a partir de agosto os encontros serão semanais.

Exercitando as mãos e a mente
A professora Valdete Maria de Jesus Alli, é paciente da UBS e moradora do bairro. Dona de caprichadas peças em crochê, especialmente tapetes, prontificou-se a ensinar à comunidade o que sabe com muito talento e alegria, assim como fazia quando morava em Osasco.

“Cada uma de nós tem um problema, a vida hoje não é fácil, e a gente se reúne, conversa. Tem vezes em que nos envolvemos tanto no trabalho que até passamos da hora”, conta Valdete, que diz sentir imensa satisfação ao executar essa atividade, beneficiando-se também do bem que a atividade traz. “É um trabalho muito gostoso, que mexe muito com a gente. Eu tenho o maior prazer de ensinar elas aqui na UBS: desperta a nossa mente, às vezes estamos cheias de problemas e quando o grupo começa a gente esquece de tudo”, relata.

No decorrer das aulas, diferentes assuntos vão sendo introduzidos pelas profissionais. “Primeiro a equipe trabalha um tema relacionado à saúde, buscando levar conhecimento e proporcionar reflexões. Já abordamos a luta antimanicomial, o trabalho do terapeuta ocupacional e o do assistente social e atividades de relaxamento mental e físico”, exemplifica a assistente social Ivani.

As peças? O grupo está decidindo o que fazer, já que a produção está intensa, mas a ideia é organizar uma exposição dos trabalhos.

Só falta você
Quem quiser participar do grupo será bem-vindo, ele é aberto a todos os segmentos da população que frequenta a UBS: pacientes da Saúde Mental, crianças a partir de 10 anos, homens, mulheres, pessoas em situação de rua etc. Basta procurar a UBS para saber os detalhes.

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