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Equipe de Saúde de Barueri busca humanizar ainda mais o atendimento 

- 20 de setembro de 2017

Receber, olhar nos olhos, ouvir, amparar. Muitas vezes, a pessoa que busca atendimento em uma unidade de saúde só precisa de atenção. O correto direcionamento de cada paciente, levando em consideração sua história, contexto social e familiar, dentre outros fatores, reflete em um atendimento mais completo, eficiente e satisfatório. 

Esse foi o tema discutido, estudado e incorporado durante a oficina de acolhimento realizada junto a diversos especialistas que atuam na saúde pública de Barueri. Os encontros aconteceram nos dias 28 e 29 de agosto e reuniram cerca de 150 profissionais, dentre eles médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, terapeutas ocupacionais, psicólogos e agentes de vigilância. 

“Acolhimento todo mundo faz, dentro do seu olhar e das possibilidades disponíveis à mão. Estamos trabalhando com esses profissionais para ampliar essas possibilidades, para pensar em uma produção de cuidado diferenciado”, explica a diretora técnica de Enfermagem, Fernanda Lucas Medeiros. 

Escuta qualificada é uma das etapas desse processo, que tem como objetivo humanizar ainda mais o atendimento dentro das unidades de saúde do município. Aliviar o sofrimento, melhorar e prolongar a vida, evitar ou reduzir danos, favorecer a criação de vínculos positivos, diminuir o isolamento e o abandono são alguns dos principais objetivos das equipes.  

No mês de junho aconteceu uma pré-oficina, que reuniu um grupo menor e funcionou como uma preparação para esse encontro macro, realizado pela primeira vez no município. Já na oficina, vários aspectos da proposta foram analisados e discutidos, até que os profissionais foram reunidos em grupos nos quais estudaram as possibilidades, as dificuldades e também a realidade de cada unidade, listando ponto por ponto e levando essas questões de volta ao auditório, onde tudo foi exposto. 

União de forças 

Para que esse atendimento seja completo, é necessário um esforço conjunto de todos os membros da equipe. Para tanto, propôs-se, durante o encontro, a ampliação desse olhar. Essa união de forças e de experiências tende a enriquecer ainda mais o trabalho e os resultados que certamente virão.   

“Hoje temos um atendimento focado no acolhimento vindo dos enfermeiros, que tem um desdobramento para uma consulta médica. Queremos ampliar essa discussão, trazer outros profissionais para participarem deste acolhimento”, detalha Fernanda.  

A enfermeira Ana Paula Segala Gomes achou ótima a intenção de estender o acolhimento a outros especialistas porque, conforme diz, ele recai mais fortemente entre os profissionais da enfermagem.  Segundo ela, esse tipo de atenção “aumenta a eficiência no serviço e muito, porque as vezes o paciente vai lá para conversar e se você não tem tempo ele sai frustrado”, diz. “Com essa crise econômica, aumentou muito a procura pela UBS, pessoas que perderam o plano de saúde, o emprego; elas chegam frustradas e, às vezes, revoltadas. Tem mesmo que ter um acolhimento pra ouvir, porque não é só saúde, ele chega com uma queixa que às vezes nem é verdadeira ou não é aquilo que ele imagina”, relata a enfermeira.   

Acolhimento de dentro pra fora 

Um dos pontos levantados pelos profissionais durante os encontros foi a necessidade de haver, também, um acolhimento interno, entre os colegas e as equipes, afinal, todo ser humano requer uma atenção especial em algum momento da vida. Cuidar para que os profissionais estejam bem a ponto de dar o máximo faz parte do processo, que deve refletir em um melhor atendimento à população: a grande meta da Prefeitura. 

“Estávamos precisando muito dessa conversa. A oficina, no geral, foi muito boa. Com essa interação a gente vai buscar conseguir essa otimização no serviço”, disse a assistente social Eliana Von Ah de Souza, que se refere a um maior entendimento das rotinas de cada profissional dentro da unidade por parte de todos e, consequentemente, maior colaboração e compreensão entre os colegas.  

Mediaram a oficina a Coordenadora da Atenção Básica (Egg Regina Vendramim Wendriner), a diretora técnica de Saúde da Criança (Vera Freire), a diretora técnica de Enfermagem (Fernanda Lucas Medeiros), a diretora técnica da Saúde Mental (Ana Paula Briguet), as articuladoras de humanização (Cleide Emília de Oliveira Ayres Prestes e Cristiane Marchiori) e a articuladora da Atenção Básica (Geralda Vieira de Carvalho). 

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