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Atenção Básica: um exército de especialistas da saúde brigando pela vida

- 31 de março de 2020

A Coordenadoria de Atenção Básica à Saúde (Cabs) é o setor da Secretaria de Saúde de Barueri responsável pela maior parte dos serviços prestados à população. Sob sua tutela estão as 19 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), os três Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e o Centro de Saúde Funcional.

A Cabs reúne um verdadeiro exército de profissionais de saúde que atuam em diversas frentes. São 1.230 trabalhadores, dentre os quais médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, assistentes sociais, psicólogos, fonoaudiólogos, nutricionistas, terapeutas ocupacionais, agentes comunitários, profissionais de saúde bucal, equipe administrativa, de limpeza e de segurança e tantos outros dedicados à prevenção de doenças e à manutenção da vida.

E agora, diante da pandemia causada pelo novo coronavírus, esse mesmo batalhão continua firme no atendimento à população, mesmo com todos os riscos aos quais estão expostos, conforme explica o médico e coordenador da Cabs, Claudinei Alves Rodrigues. “Quando falamos em linha de frente, sempre pensamos em recepção, médicos e enfermagem, o que realmente acontece, mas neste tempo de pandemia os esforços se juntam e temos todos os profissionais ajudando na linha de frente”, frisa.

O médico destaca a colaboração entre as equipes nesse período. O pessoal da odontologia, por exemplo, tem ajudado enormemente nas salas de vacina; fisioterapeutas têm auxiliado em diferentes setores; membros da equipe multiprofissional estão dando orientações de fluxo à população; profissionais de saúde mental têm dado suporte aos outros profissionais da saúde a lidarem com essas mudanças e a carga emocional que acompanha todo esse processo.

Amplo acolhimento aos sintomáticos
Assim que os primeiros casos de Covid-19 começaram a surgir na cidade as UBSs reorganizaram seu modelo de atendimento para ampliar o acolhimento aos sintomáticos, o que tem colaborado consideravelmente no controle de casos em Barueri. Além disso, essa remodelação tem ajudado bastante a desafogar os atendimentos nos prontos-socorros da cidade, reforçando a triagem dos pacientes com suspeita de coronavírus.

“Neste mês iniciamos a reorganização do atendimento nas unidades de saúde da Cabs, com a suspensão das consultas de rotina (médicas, odontológicas, de enfermagem e da equipe multiprofissional), exceto atendimentos de pré-natal, recém-nascidos e outras prioridades, com o intuito de diminuir o fluxo dentro das unidades, ficando apenas pacientes com sintomas respiratórios para a redução da transmissão do vírus. Também mudamos a sala de vacinação para fora da UBS, em equipamentos da prefeitura próximos, como escolas e ginásios. Com isso ficamos com um fluxo para pacientes sintomáticos respiratórios e outro para quem não é sintomático respiratório”, detalha Claudinei.

E desde o dia 21 de março, quatro UBSs começaram a abrir também nos feriados e fins de semana, das 7 às 19h, para atender exclusivamente pacientes com sintomas de coronavírus. São elas: UBS Amaro José de Souza (Jardim Mutinga), UBS Hermelino Liberato Filho (Jardim Belval), UBS João de Siqueira (Jardim Reginalice) e UBS Maria Francisca de Melo (Parque Viana).

Nesse modelo, pessoas com sintomas gripais mais preocupantes, como tosse, diarreia, febre e dificuldade para respirar podem buscar uma das UBSs. Lá, quando identificados casos mais preocupantes, são encaminhados ao Hospital Municipal e Barueri (HMB). Quem estiver com sintomas gripais leves deve permanecer em casa, realizando todos os cuidados necessários, de modo a não se expor ainda mais ao vírus.

Ficar em casa para não adoecer
Para Claudinei, a colaboração das pessoas ao seguirem as orientações das autoridades de saúde, mantendo o distanciamento social e o isolamento doméstico, representa um grande passo para conter a transmissão que ameaça a todos: população e profissionais de saúde.

“Nossa experiência nesses dias de pandemia está sendo o convívio com muito nervosismo e medo, mas o que predomina é a população adequando suas atividades de acordo com as recomendações de isolamento domiciliar e profissionais da saúde concentrando esforços para juntos acharem a melhor maneira de atender a população e também ajudarem uns aos outros para que adoeçam menos, achando outras formas de permanecermos juntos sem o gesto de dar as mãos”, avalia o médico.

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