Dengue: eliminar criadouros é a melhor forma de se proteger
- 29 de janeiro de 2020
Não há um período do ano em que se possa relaxar com relação a dengue. Os ovos do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypt, podem durar até um ano só esperando condições ideais para se desenvolver. Tudo o que ele precisa é de um pouco de água parada. Qualquer cantinho da casa ou objeto que acumule água se torna um criadouro do mosquito, portanto, estar sempre atento e eliminar potenciais criadouros é a melhor forma de se proteger da doença, que pode até matar.
Importante lembrar que o Aedes, além da dengue, também é o transmissor de outras doenças, como zika, chikungunya e febre amarela.
Os primeiros meses do ano são considerados períodos críticos de epidemias de arboviroses, quando o cuidado precisa ser redobrado. São meses em que há maior incidência de chuvas, além dos períodos de férias, festas e carnaval, quando as famílias viajam mais e tendem a descuidar da casa. Você sabia que 80% dos focos de dengue estão dentro das residências?
O perigo pode estar dentro de casa
Um balanço inédito divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde, por meio do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypt (LIRAa), mostra que 2,5 criadouros do mosquito são encontrados em cada casa do Estado de São Paulo em média.
Os tipos de recipientes que costumam acumular água foram detalhados pela pesquisa, sendo: depósitos elevados (sótãos/forros); depósitos não elevados (ao nível do solo); móveis (vasos de plantas, garrafa pet, potes plásticos); fixos (calhas, lajes, piscinas) pneus; passíveis de remoção (toldos, entulhos, sucatas) e os naturais (plantas, ocos de árvore, bambu, por exemplo).
Ainda segundo o balanço, os recipientes móveis são os que têm maior prevalência de larvas, atingindo 1,3 criadouros por casa, mas todos exigem constante atenção.
Todos devem agir
A Prefeitura de Barueri realiza ações contínuas com vistorias em terrenos, obras e residências, além do intenso cuidado com as áreas e prédios públicos e a correta destinação do lixo. Há também a visita de equipes da Zoonoses casa a casa, quando os agentes procuram por possíveis criadouros nas residências, tiram dúvidas e dão todas as orientações necessárias aos munícipes. Distribuição de materiais educativos e ações de conscientização fazem parte das estratégias de defesa contra o Aedes.
Mas a iniciativa mais efetiva contra o mosquito continua sendo a praticada pelo cidadão nos espaços que ocupa. Todos podem ser agentes fiscalizadores em constante vigilância contra a dengue, cuidando bem de sua casa e seu entorno, cobrando família, amigos e vizinhos para que façam o mesmo, já que a responsabilidade é de todos.
“A colaboração e o cuidado do morador são sempre fundamentais. É responsabilidade legal dos moradores manterem suas casas limpas e sem recipientes com água parada. Nos condomínios, essa ação deve ser gerenciada pela administração, para manter os imóveis limpos e áreas coletivas em condição organizada, sem criadouros. O mosquito não respeita limites de imóveis ou de municípios, todos precisam trabalhar em sintonia”, ressalta a Vigilância em Saúde.
A Vigilância também pede bastante cuidado com relação a construções em geral, bem como o descarte irregular de entulho, pois são muito propícios a abrigar larvas e acumular água.
Denuncie
A Prefeitura disponibiliza canais de denúncia da dengue pelo telefone (11) 4706-1011, de segunda a sexta-feira das 8h às 17h, ou pelo APP Barueri.