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Centro de Hemodiálise estende atendimento até a noite

- 04 de abril de 2023

Já está em funcionamento, das 16h às 20h, o terceiro turno - novo período de atendimento implantado pelo Centro de Hemodiálise Dra. Sandra Vicenza Sarno, prédio anexo ao HMB (Hospital Municipal de Barueri) Dr. Francisco Morán, na Vila Porto. O horário foi criado em 27 de março visando ampliar o serviço e oferecer melhor opção de frequência semanal aos pacientes do equipamento público, ligado à Secretaria de Saúde de Barueri.   

O novo turno se junta aos que já estavam em funcionamento, sendo o primeiro das 6h às 10h e o segundo das 11h às 15h. Os três turnos estão em operação à disposição das 258 pessoas que são submetidas ao tratamento no Centro de Hemodiálise. Ao todo, há 68 máquinas, incluindo quatro reservas, estações modernas e confortáveis com capacidade para três sessões diárias cada uma. Além disso, tem também duas máquinas para atendimento de urgência, beira leito na UTI, destinadas a pacientes internados no HMB.   

O Centro de Hemodiálise funciona de segunda a sábado. Diariamente, realiza cerca de 200 atendimentos. Mensalmente, só em janeiro deste ano, foram registrados 3.202 atendimentos.  

Demanda suprida

Ampliado em 2019, o Centro de Hemodiálise tem suprido toda a demanda de Barueri, dando conta, até o momento, da procura do tratamento mesmo após a pandemia. “Observamos que houve um crescimento de pacientes no período pós-covid-19 que deixou pessoas com sequelas, principalmente as mais idosas, diabéticas e hipertensas, que já tinham complicações e foram perdendo a função renal”, explicou o responsável técnico de enfermagem, Genivaldo Medeiros dos Santos. 

Tratamento humanizado  

O atendimento é feito de forma individual e humanizada. “Depende muito do perfil bioquímico do paciente. Se ele está com creatinina, ureia e potássio elevados, provavelmente precisará de quatro horas diárias de diálise por três vezes na semana”, disse o técnico de enfermagem do Centro de Hemodiálise, destacando o investimento do espaço. “Barueri é exemplo para São Paulo e o Brasil. Temos uma estrutura maravilhosa, com equipamentos de alta tecnologia e de amplitude. É um grande orgulho para a nossa população”.  

Genivaldo reforça que o trabalho é humanizado desde o recebimento dos pacientes, passando pela coleta de exames, explicação de como funciona o sistema de tratamento de hemodiálise, apoio da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (Sads), lanches preparados pela equipe de nutricionistas especializadas em atender pacientes com doença renal crônica, até o tratamento da água para fazer a filtragem do sangue. “É montado todo um planejamento individual, único para cada paciente, conforme a sua necessidade”, garante. 

De acordo como o técnico de enfermagem, buscando não trazer nenhum problema às pessoas, a tecnologia do Centro de Hemodiálise é de altíssimo padrão. “Começa pelo tratamento da água, que se chama duplo passo (aparelho de osmose reversa). Eu trato duas vezes essa mesma água, que fica excelente, com ausência de bactérias, vírus, toxinas, coliformes, entregando ao paciente uma água pura, sem sais e sem potássio”, descreve o profissional.  

Importância da hemodiálise 

Ser submetido ao tratamento não é fácil, mas é essencial para sobrevivência das pessoas com doença renal. “A hemodiálise é importante para o cidadão viver bem, ter uma vida normal. Em termos de qualidade, o paciente vive tranquilamente de 20 a 40 anos”, ressaltou Genivaldo.  

Morador do Jardim Maria Helena, Icleone Willian Emerick está no Centro de Hemodiálise há dois anos. Antes, fazia sessões na Lapa, em São Paulo, há 12 anos. “Para mim aqui é muito melhor. O atendimento é muito bom. Faço a maioria dos meus exames aqui no HMB. Estou tranquilo, suave, graças a Deus. Com o terceiro turno posso resolver muitas coisas, como ir ao banco e pagar contas durante o dia”, disse o paciente que está na fila para transplante no Hospital das Clínicas (HC). “Depois de todos os encalços da vida, este ano sairá, se Deus quiser”. 

Ione Aparecida Mello Castagnaro, moradora do Jardim Silveira, faz hemodiálise em Barueri há um ano e se diz acostumada ao tratamento. Elogiou os equipamentos, o ambiente, os médicos e a enfermagem. “É pertinho de casa. Não tenho do que reclamar”. Ela também está na fila de espera para transplante no HC e destacou o novo turno de diálise do Centro de Hemodiálise. “É maravilhoso. Eu estudo e não dava tempo para eu fazer estágio de Pedagogia, que estava atrasado”, comemora.  

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