‘Pegadinha’ em simulado prepara atendimento pré-hospitalar da Defesa Civil
- 04 de abril de 2017
Com o objetivo de fixar conceitos de “segurança de cena”, uma equipe de atendimento pré-hospitalar da Defesa Civil de Barueri participou de rápido treinamento aplicado no 18º GB (Grupamento de Bombeiros), na Vila Porto, na sexta-feira (24 de março). O simulado consistiu em mostrar um local de ocorrência com riscos quase que ocultos e de difícil percepção aos agentes, acrescido de um fator de distração.
De forma proposital, a equipe foi levada a cometer um erro ao esquecer-se de observar minuciosamente o local em que estava ingressando: uma residência que havia desabado. Na encenação, socorristas sofrem lesões e chegam ao extremo até com resultado de morte.
A tragédia simulada mostrou que havia um fio energizado, quase oculto, perto de um homem, morador da casa, encostado na parte metálica. E a fatalidade, neste caso, alinhada ao desabamento, seria motivada por uma pessoa em profundo abalo psicológico. Totalmente agitada, sem noção dos riscos existentes, ela implorava por atendimento ao marido. “A minha casa caiu, nos ajudem pelo amor Deus. Vocês não vão fazer nada, vou chamar o Corpo de Bombeiros”, gritava.
“A ideia é mostrar ao socorrista que, se não tomar cuidado, ele pode se machucar ou até morrer”, ressaltou Roberto Lago, coordenador de Proteção e Defesa Civil de Barueri.
Treinamentos
Os treinamentos são aplicados com regularidade, e pensados para que as equipes se encontrem com situações extremas, permitindo a avaliação e discussão de erros de conduta. “O objetivo é o aperfeiçoamento constante, lembrando ao profissional socorrista que não lhe é permitido escolher cenários, mas sim atuar da melhor forma possível, sempre em segurança”, explicou Roberto Lago. “O objetivo final é proporcionar o melhor atendimento possível aos munícipes.”
De acordo com os participantes, o que aconteceu no treinamento não foi de verdade, mas poderia ser. “Eu já estive em situação real como a dessa cena. Não morri por pouco”, contou Leandro Monteiro de Matos, primeiro-sargento do 18º GB.
Em situação como a do simulado ou em qualquer ocorrência, segundo os profissionais, é necessário tirar a pessoa da cena. “A ação é só do socorrista”, explicou Paula Daniela Maciel, enfermeira do Samu de Itapevi, que também colaborou com o treinamento, como convidada pela colega Juliana Cavalcanti Petrin, médica da rede de saúde de Barueri. “Essa união da Defesa Civil e Corpo de Bombeiros é a integração para que juntos façamos a diferença”, destacou.
