RETROSPECTIVA: A capital do esporte
- 08 de janeiro de 2018
Quem olha os feitos desportivos de Barueri no ano passado reconhece facilmente o título de “capital do esporte”, que a cidade almeja. Além de sediar competições esportivas de alto rendimento, a Secretaria de Esportes, por meio dos programas Barueri Esporte Forte e Vida Saudável, pôs todo mundo para se mexer oferecendo as mais variadas modalidades para todos os gostos, idades e gêneros.
Em janeiro de 2017, antes do início de uma rodada da Copa São Paulo na Arena Barueri, o maestro João Carlos Martins executou o Hino Nacional em um piano no gramado. A apresentação de gala era um prenúncio de que o estádio municipal voltaria a ser palco de grandes jogos da elite do futebol profissional. Além de partidas do Paulistão e Brasileirão séries B, a Arena recebeu a final do Campeonato Brasileiro Feminino e importantes confrontos do futebol de base (Campeonatos Brasileiro, Paulista e Copa do Brasil Sub-17 e Sub-20), todos com transmissão televisiva para todo o país.
A exemplo do Oeste, que fez boa campanha na Série B mandando seus jogos em Barueri, a cidade também se empolgou com outra equipe do esporte profissional: o Hinode Barueri, time de vôlei feminino comandado pelo técnico tricampeão olímpico José Roberto Guimarães, venceu a Superliga B, chegou à final do Campeonato Paulista e disputa atualmente a elite do voleibol nacional na Superliga, com partidas no Ginásio José Corrêa, com entrada gratuita e transmissão em TV aberta.
Além do entretenimento proporcionado, a ideia de ser a casa destas equipes da elite é fazer com que os jovens das escolas de esportes tenham uma referência para chegar até o time profissional. Nestas parcerias não há dinheiro público, o município apenas empresta os próprios públicos para treinamento e jogos dos times. Assim como o Hinode e o Oeste, a equipe de futebol feminino do Corinthians (que mandou seus jogos na Arena) também realizou seletivas na cidade para categorias de base.
Mas o esporte de competição em Barueri não se resumiu apenas ao vôlei e ao futebol. Baruerienses faturaram para a seleção paulista 10 medalhas no Brasileiro de Karatê Shotokan, a ginástica artística foi vice-campeã intermunicipal por equipes, o futsal chegou aos playoffs da Liga Paulista e só foi eliminado pelo time do craque Falcão, o atletismo teve representantes no Troféu Brasil, a equipe masculina de vôlei sentado foi vice-campeã estadual e o basquete foi bem no Paulista Sub-17.
O Ginásio José Corrêa também sediou importantes torneios profissionais de artes marciais. Além de competições de judô e do Paulista de Karatê Shotokan, Barueri virou a terra do jiu-jítsu, com vários circuitos e também o Campeonato Brasileiro, o maior do mundo em número de participantes.
O Campeonato de Futebol Amador de Barueri elevou o padrão de organização em 2017 e, além de ser o maior da região em número de participantes, teve direito a lançamento em festa de gala e eleição de musas. O ano esportivo foi encerrado de forma brilhante com a 42ª edição da Corrida São Silveira batendo o recorde de participação, com 2.500 componentes.
Através do Programa Barueri Esporte Forte, cerca de 14 mil meninos e meninas, entre 7 e 17 anos, têm a disposição Escolas de Esportes gratuitas em 19 modalidades. Entre os desportos coletivos, além dos já tradicionais futebol, futsal, basquete, vôlei e handebol, há também o beisebol, a bocha e até rugby. Já o esporte individual conta com atletismo, tênis, ginástica artística e skate. Outra importante vertente das Escolas de Esportes são as artes marciais, com aulas de judô, karatê, taekwondo, kung-fu e jiu-jítsu, além de capoeira e muay thai que começaram em 2017.
E o esporte também tornou ferramenta de inclusão e educação. O Profesp (Programa Forças do Esporte – parceria com o Exército das secretarias de Esportes, Educação e Assistência e Desenvolvimento Social) ofereceu a 200 crianças de baixa renda, no contraturno escolar, aulas de karatê, basquete, vôlei e futebol, além de apoio educacional, noções de civismo, acompanhamento familiar e orientações de saúde. Os esportes não tão populares, como beisebol, tênis, skate e algumas artes marciais foram apresentadas às crianças dos bairros por meio de clínicas nas escolas da rede.
“O esporte melhora a saúde, o comportamento e o desempenho escolar. Promove integração social e aumenta o bem-estar e a qualidade de vida”, destaca Tom Moisés, secretário de Esportes, lembrando que os gestores e professores das Escolas de Esportes passam por constantes capacitações e um dos encontros contou com orientações do secretário-geral da CBF Walter Feldman.
Para combater o sedentarismo, foi criado o Programa Vida Saudável, com várias atividades gratuitas para todas as idades distribuídas pela cidade em diversos horários. Tem caminhadas, vôlei masculino e feminino, condicionamento físico (misturando elementos de ginástica localizada, step, jump, circuito aeróbio, treinamento funcional, abdominal e pilates), artes marciais, futsal feminino e futsal masculino dividido por faixas etárias (18 aos 29 anos, dos 30 aos 39 e acima dos 40). Outra prática que virou febre foram os aulões de zuumbalada em diversos equipamentos de Barueri.
O esporte também deu uma lição de solidariedade arrecadando toneladas de donativos como alimentos e fraldas para o Fundo Estrela Guia e promoveu, em parceira com as secretarias de Governo e Assistência Social, o 1º Desafio Solidário, com trote, caminhada e zuumba fitness para angariar fundos. O aluguel da Arena Barueri por entidades privadas passou a custear projetos e programas sociais para as comunidades carentes.