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Farmacêuticos de Barueri aprendem ainda mais sobre o diabetes

- 20 de agosto de 2018

O número de brasileiros com diabetes aumentou 61,8% em apenas 10 anos – de 2006 a 2016. Atualmente, a doença atinge 8,9% da população nacional, com maior índice entre as mulheres (9,9%) em comparação aos homens (7,8%).

A informação foi obtida por meio da pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), promovida pelo Ministério da Saúde. Esses dados também foram expostos durante uma palestra sobre Educação em Diabetes proferida pela nutricionista Rochele Bohn, instrutora em diabetes, aos farmacêuticos da rede municipal, ligados à Secretaria de Suprimentos de Barueri.

O encontro aconteceu na manhã de segunda-feira (dia 13), no auditório da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (SADS). A palestrante reforçou a necessidade de fornecer aos pacientes diabéticos todas as informações necessárias sobre o seu tratamento. Segundo ela, é alto o índice de pessoas que, por serem mal orientadas, fazem as aplicações da insulina, além do uso de outros medicamentos, de forma errada, comprometendo suas vidas.

Para Rochele, é de extrema importância que os profissionais que atuam na saúde orientem os pacientes da melhor forma possível, daí a importância desse encontro com os farmacêuticos de Barueri. “Educação e informação estão muito carentes ainda em relação aos pacientes. A orientação didática e a informação mínima que o paciente precisa, como técnica de aplicação, armazenamento, qualquer informaçãozinha que ele receber pode ser útil para o tratamento”, frisou a palestrante. “É isso que a gente tenta passar para o paciente, as orientações e informações corretas para ter adesão ao tratamento e ele, consequentemente, ter uma saúde muito melhor.”

Atualização constante
A ocasião também serviu para atualizar os farmacêuticos sobre novos medicamentos e técnicas de aplicação que a convidada mostrou na prática. Os locais de aplicação no corpo também foram exemplificados, surpreendendo os profissionais em alguns casos.

A importância da automonitoração para saber como de fato está progredindo o tratamento também foi abordada, bem como as técnicas utilizadas.

E como, conforme as palavras de Rochele, “não dá para falar de tratamento de diabetes sem falar de alimentação”, ela incluiu na palestra um módulo especial sobre alimentação saudável, que classificou como “desafiador”, já que muitos pacientes, especialmente os mais velhos, são resistentes a qualquer mudança na dieta, embora ela seja decisiva para sua qualidade de vida. “A intervenção nutricional tem impacto direto na redução da hemoglobina glicada”, destacou a nutricionista.

Com isso, os profissionais do município aprenderam ainda mais sobre contagem de carboidratos, cálculos de insulina, macronutrientes e seus efeitos na glicemia, observações sobre bebidas alcoólicas, a importância do cuidado com os pés e o quanto o apoio familiar ajuda no tratamento.

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