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“Masculinidade e paternidade positiva” é tema em encontro com pais

- 22 de agosto de 2022

A Secretaria da Mulher de Barueri em parceria com a Secretaria de Educação promoveu no dia 18 o encontro “Masculinidade e Paternidade Positiva” com pais que frequentam o Centro de Referência pela Primeira Infância (CRPI). O objetivo foi levar uma nova forma de pensar a masculinidade e como o papel exercido pelos pais pode beneficiar na construção de ambientes seguros para seus filhos na primeira infância.

A ação faz parte da programação Agosto Lilás. Confira a agenda completa AQUI.

Conduzido pelo psicólogo Dimas Dion, que atua na Secretaria da Mulher no atendimento a vítimas de violência doméstica, o bate-papo começou com a explicação do porquê existe uma Secretaria exclusiva para mulheres e as ações no combate à violência de gênero designadas à pasta.

“A sede da Secretaria funciona anexa à Delegacia de Defesa da Mulher e essa estrutura tem o propósito de acolher a mulher que está fragilizada pela violência, onde ela terá a oportunidade de se fortalecer e romper com os ciclos da violência”, conta o psicólogo.

Violência
Na roda de conversa o tema violência foi apresentado em números, já que, infelizmente, o homem acaba sendo protagonista dos altos índices. “Os homens são responsáveis por 83% das mortes por homicídios e acidentes”, cita Dimas.

Autoconhecimento
“Apenas três em cada 10 homens têm o hábito de falar de seus medos, anseios e frustações”, disse o psicólogo Dimas sobre a importância do autoconhecimento. Ele lembra que “homens se suicidam quatro vezes mais que as mulheres”, ao destacar que falar dos próprios sentimentos contribui no processo de transformação de comportamentos masculinos nocivos.

Paternidade positiva
O especialista faz um alerta sobre o quanto os conflitos nos relacionamentos com as parceiras também acabam se estendendo aos relacionamentos com os filhos e o quanto a violência presente no lar, mesmo aquela violência indireta, tem graves prejuízos.

“Um bebê no berço que ouve os pais brigarem terá sequelas no seu desenvolvimento. Já as crianças maiores apresentam comportamentos agressivos, déficit de atenção, apatia, hiperatividade, dificuldade de autorregulagem das emoções, dentre outras perdas”, alerta.

“A gente não conversou com os nossos pais sobre o que é ser homem. Hoje temos essa oportunidade de conversar com os nossos filhos e levar um novo repertório, e entender que ser homem não é ser o provedor ou o mais forte, mas entender a importância do diálogo. Onde falta a linguagem, impera a ação”, ressaltou o psicólogo.

Nova masculinidade
Para Raphael Diniz, pai da Lilith de 11 meses, que assistiu o encontro com sua filhinha no colo, pode perceber a necessidade da transformação de comportamentos presentes entre os homens.

“A gente precisa desnaturalizar algumas atitudes que achamos inofensivas. Eu como pai de menina me preocupo se estou tirando a liberdade da minha filha e se já violei o espaço de alguma mulher. Essa palestra é uma oportunidade de a gente se transformar, para tentar fazer um mundo melhor para elas”, disse o auxiliar de Educação Infantil.

Gilmar Clímaco de Araújo, empresário, percebeu a relevância do assunto nos dias de hoje. “Achei interessante, porque é um assunto que não se discute no dia a dia, a gente ouve falar, mas ninguém para pra se aprofundar sobre o tema, saber as estatísticas e o que as mulheres passam é muito importante”, disse.

Trocando ideias com os pais
A roda de conversa foi acolhida pelo CRPI, que realiza toda quinta-feira o chamado “Trocando ideias, pais”. Lá os pais, além de brincarem com seus filhos, têm um espaço exclusivo pra falarem sobre os desafios da paternidade. Para obter mais informações sobre encontros e formações pelo CRPI, ligue para (11) 3164-1131.

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