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Um raio-X do abandono, recolhimento e adoção de pets

- 25 de novembro de 2021

Cuidar de um animal não somente envolve carinho e respeito, mas também de muita responsabilidade. E a falta desse cuidado acaba resultando em uma prática muito cruel: o abandono.

Um animal abandonado fica totalmente vulnerável transitando por vias públicas, à mercê de maus-tratos e atropelamentos, além de correrem maior risco de contrair doenças e favorecer o crescimento desordenado e vários outros problemas.

Números do abandono
No período de março de 2020 a abril de 2021, houve um aumento de 61% de animais em situação de abandono no Brasil, segundo a ONG Ampara Animal. Em Barueri, somente nos últimos três meses de 2021, houve um aumento de 26%.

E a tarefa de combater o abandono foi abraçada pela municipalidade por meio da Secretaria de Recursos Naturais e Meio Ambiente (Sema), que mantém as duas unidades do Centro de Proteção ao Animal Doméstico (Cepad), que atua de duas formas.

Primeira etapa: o resgate
Em Barueri, esse recolhimento se dá por meio do Resgate Animal, na unidade II do Cepad, serviço de atendimento que retira os animais em vulnerabilidade das vias públicas que estejam gravemente feridos, doentes ou que representem riscos (animais agressores). Lá são tratados até sua completa recuperação. Uma vez recuperados, são castrados, vermifugados, microchipados e vacinados. Quando esses procedimentos são encerrados, os pets são encaminhados para a unidade I do Cepad.

O resgate em números
A pandemia, infelizmente, prejudicou muitas atividades como um todo e também afetou o resgate de pets, mas com a retomada foi possível alcançar uma recuperação. Em 2019, antes da pandemia, foram 736 recolhimentos; em 2020, início da pandemia, foram 592 capturas; já em 2021, com o retorno das atividades presenciais, esse número subiu para 653. Isso significa um aumento de 10% dessas ações entre 2020 e 2021.

Segunda etapa: a adoção
Quando os animais dão entrada na unidade I do Cepad, passam por um período de adaptação e socialização até que possam ser colocados para adoção. Os interessados podem ir à unidade (Rua Vera Cruz, 340 – Bairro dos Altos), das 9h às 16h, todos os dias, inclusive finais de semana e feriados, para conhecerem os cães e gatos disponíveis para adoção.

Basta levar documento de identificação com foto, RG e CPF. O candidato é submetido a uma entrevista, já que se trata de adoção responsável, para analisar se preenche as exigências para suprir as necessidades do animal (alimentação, saúde, espaço, passeio e, claro, muito amor e carinho). Com a adoção definida, há a assinatura de um termo de responsabilidade e aí o novo tutor já pode levar seu novo amigo para casa.

Após a retirada do pet, a equipe do Cepad vai até a casa do tutor conferir o estado de saúde do animal. Vale lembrar que a adoção pelo Cepad ainda conta com um bônus: o animal passa a contar com avaliações de rotina totalmente gratuitas. 

Adota Delivery (on-line)
Já para quem não pode comparecer presencialmente, é possível adotar pela internet. Basta seguir o Cepad no Instagram ou no Facebook, conhecer os pets à disposição e agendar a entrega em seu domicílio. O envio está limitado a um raio de 30 km. Durante a navegação pelas páginas é possível enviar dúvidas pelo “inbox”.

Os números da adoção
Com a pandemia houve um aumento no número de adoções, pois as pessoas acabaram ficando mais em casa. No entanto, com a retomada das atividades presenciais, apresentou-se uma queda nessa prática, especialmente entre os meses de setembro e outubro de 2021.

Em 2019 foram 424 adoções, aumentando para 473 em 2020 e caindo em 2021 para 447. As adoções caíram 50% nos meses de setembro e outubro deste ano, passando de 50 para apenas 25 adoções no período.

Adotar para continuar a recolher
A adoção é uma etapa de extrema importância, pois além de retirar os animais das ruas, mantém a conservação das unidades. É o que recomenda e orienta a veterinária Adriana Cristina Guerra Boni, responsável pelo serviço de adoção do Cepad.

“Ao adotar um cão ou gato no Cepad, o tutor estará colaborando de muitas maneiras com a causa animal: proporcionará um lar a um animalzinho, terá carinho e companhia, dará a chance a outros cães e gatos de serem resgatados e cuidados pela nossa equipe”, ressalta a vetrinária. Segundo Adriana, a equipe é composta de tratadores, médicos veterinários, biólogos, adestradores, enfermeiros, profissionais da comunicação, guardas ambientais e administrativos, “que executam um trabalho intenso para proporcionar um lar amoroso aos animais, evitar maus-tratos e disponibilizar um animal saudável e socializado para as famílias”, diz.

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