Jovens do Caps Infantojuvenil de Barueri visitam e participam de exposição artística
- 17 de setembro de 2021
Um grupo de adolescentes em tratamento no Caps I – Trilha (Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil) de Barueri realizou nesta quinta-feira, dia 16, uma atividade terapêutica com tempero artístico. Eles visitaram a “Exposição Sentido da Vida” com cerca de 70 obras em fotografia, artesanato, poesia, pintura e ilustração, no Centro de Memória Integração Cultural, em Santana de Parnaíba.
Os trabalhos artísticos são de autoria de pacientes dos Caps dos municípios da região (Barueri, Santana de Parnaíba, Osasco, Jandira, Carapicuíba e Itapevi). Os adolescentes do Caps participam da exposição com quatro obras: uma de poesia e três de pintura.
“É muito importante esse tipo de exposição, pois através da arte os pacientes conseguem expressar seus sentimentos, além de ser um momento de socialização e integração”, afirmou a psicóloga do Caps, Grazielle Barbosa Mota.
Essa atividade terapêutica é uma entre várias outras organizadas pela Prefeitura de Barueri, por meio da Secretaria da Saúde e da Diretoria Técnica de Saúde Mental. Elas são parte das ações do Setembro Amarelo, que tem o intuito de conscientizar a todos sobre a importância da prevenção ao suicídio.
A “Exposição Sentido da Vida” começou no último dia 5 e vai até 26 de setembro. No dia 25 haverá o anúncio e a premiação dos melhores trabalhos, escolhidos em votação pelos visitantes, professores de artes e psicólogos.
A adolescente M.A., de 15 anos, é uma das participantes da exposição e ressaltou a importância da expressão artística para pessoas em tratamento psicológico. “A arte salva a vida. Ela exprime todo o sentimento que muitas vezes a gente reprime”, disse.
A maioria dos trabalhos expostos retrata as angústias e sofrimentos dos pacientes, principalmente em desenhos com personagens sem rosto.
Sinara Aparecida da Silva, uma das profissionais do Caps Infantojuvenil que acompanharam os adolescentes na visita, resume a relevância do tratamento psicológico, pela escuta e pelo acolhimento de pacientes com intenções suicidas.
“O sofrimento da carne é tratado com medicamentos, mas e quando é a alma que está pedindo socorro? Essas pessoas sentem falta de serem escutadas e muitas vezes isso não acontece nem em casa, com a família”, alerta.