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Wagão, o técnico-locomotiva do Brasil Sub-23

- 15 de dezembro de 2021

O fato de o Brasil ter sido campeão de vôlei feminino nos Jogos Pan-Americanos (Júnior) de Cáli (Colômbia) no último dia 5 de dezembro sob o comando de Wagner Coppini pode ter causado surpresa a algumas pessoas, mas não a José Roberto Guimarães, técnico do Barueri Volleyball Club. No time da cidade, Wagner é auxiliar-técnico.

“Trabalhamos juntos há vários anos, conheço o seu potencial e já sabia que ele faria um excelente trabalho”, afirma ele. Ao contrário da equipe masculina, que compareceu à competição com o técnico principal (Renan Dal Zotto), José Roberto Guimarães pôde mandar seu assistente-técnico para comandar a seleção.

“Eu tinha que continuar comandando o Barueri aqui na Superliga Feminina. O Wagão já conhece as jogadoras. Era o cara certo para comandar o time”, continua. Em caso de não classificação do Brasil, haveria risco de severas críticas a José Roberto Guimarães? “Nem me preocupei com isto”, arremata o técnico.

Influências
Por ser assistente de José Roberto, estaria Wagão sujeito à convocação, à escalação das atletas e a um plano de jogo que o único tricampeão olímpico brasileiro determina? “Não, aprendo diariamente com ele, mas o José Roberto me respeita como profissional e não interfere nas minhas determinações”, afirma Coppini.

Um pouco de Wagão
Wagner Luiz Coppini Fernandes nasceu em São Paulo há 63 anos. Foi jogador do Banespa e da Pirelli nas posições de ponteiro e central. “Hoje seria no máximo levantador”, brinca. Serviu a seleção brasileira na época dos técnicos Bebeto de Freitas e José Carlos Brunoro.

Já foi campeão diversas vezes como técnico pelo E.C. Pinheiros em várias categorias e integra a comissão técnica da seleção brasileira desde 2013. Sua maior conquista até o momento é o Campeonato Mundial Sub-23 na Turquia em 2015. O Brasil bateu as donas da casa por 3 sets a 1 (25x21, 21x25, 25x19 e 25x22).

A campanha em Cali:
01/12 – Brasil 3 x 1 Porto Rico (25x22, 25x21, 20x25 e 25x15);
02/12 – Brasil 3x 2 Peru (23x25, 25x16, 14x25, 25x12 e 15x13);
03/12 – Brasil 3 x 1 República Dominicana (25x17, 24x26, 25x22 e 25x9);
04/12 - Semifinal – Brasil 3 x 1 Argentina (21x25, 25x17, 25x22 e 25x20);
05/12 - Final – Brasil 3 x 2 Peru (25x23, 25x19, 23x25, 21x25 e 15x8).

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