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Alimentação escolar em Barueri beneficia mais de 80 mil estudantes

- 09 de setembro de 2021

Garantir alimentação adequada aos estudantes da rede pública de ensino é uma preocupação que vem desde a década de 1940 no Brasil, evoluindo ao longo do tempo. Em Barueri, a Prefeitura tem na merenda escolar uma ação prioritária, sem a qual comprometeria significativamente a capacidade de aprendizado dos mais de 81 mil alunos da rede municipal e de escolas estaduais, em convênio com o Governo do estado. Afinal de contas, estudante com fome não aprende. 

São cerca de 150 mil refeições realizadas em 120 escolas, incluindo as servidas nas unidades da Fieb (Fundação Instituto de Educação de Barueri), contando ainda com berçários e escolas maternais. Hoje o número de refeições é um pouco menor devido ao fato de alguns estudantes terem optado por assistir as aulas de maneira remota, em casa, por conta da pandemia da Covid-19. 

As turmas de alunos que estudam meio período (manhã ou tarde) recebem pelo menos duas refeições: café de entrada e almoço. Turmas de período integral, caso das escolas estaduais e de alguns grupos na Fieb, recebem cinco refeições: café, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia. Creches e escolas maternais recebem ainda uma refeição a mais. 

O cardápio é variado e precisa acompanhar as normas estabelecidas no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que determina a base de uma alimentação saudável. “Quanto mais natural for o alimento, melhor”, explica a nutricionista Daniela Silva de Souza Correa, da Coordenadoria Técnica de Abastecimento, ligada à Secretaria de Suprimentos. 

Educação alimentar 

Daniela é uma das 12 nutricionistas da Coordenadoria que têm como missão cuidar da alimentação escolar do município. Além da composição dos cardápios da merenda escolar, que muda todo mês, elas são responsáveis pela educação e avaliação nutricional da rede, pelos testes de aceitabilidade dos alimentos servidos, pelos treinamentos e capacitação dos profissionais envolvidos (caso das merendeiras, por exemplo) e das visitas periódicas que fazem nas unidades de ensino para verificar a qualidade das refeições. 

O cardápio, seguindo os preceitos do PNAE, é composto por cereais (arroz e feijão) ou macarrão, proteínas (carnes vermelhas, de frango e peixe), hortaliças, legumes e frutas. Tudo devidamente balanceado para atingir as necessidades nutricionais dos estudantes. “Para quem estuda em período parcial, é preciso ter, no mínimo, 30% da quantidade diária de micro e macro nutrientes; para aqueles que fazem o período integral, o percentual é de 70%”, informa Daniela. 

Existe ainda um cardápio diferenciado para aqueles que sofrem de alergias, intolerância alimentar, diabetes ou até limitações por conta de credos religiosos, lembra a nutricionista. 

Merenda contra a fome 
“Para algumas crianças de famílias mais necessitadas, a merenda é a única maneira de se alimentar”, relata a diretora da Emef Estevam Placêncio, Maria Lucia Ricci Abrantes Caires. Na escola que ela dirige, no bairro Nova Aldeinha, estudam 1.195 alunos nos turnos da manhã e da tarde. 

Cinco merendeiras se revezam no preparo das refeições, além de servir os estudantes e cuidar da limpeza da cozinha. Às 6h50 começam a servir o café da manhã e só terminam a jornada às 17h50. 

Tanto esforço vem naturalmente com resultados compensadores. As estudantes do oitavo ano do período da manhã Ana Clara Moraes, Luna Isabelle Gazzone e Juliana Oliveira elogiam a merenda. Enquanto saboreavam o almoço com arroz, feijão, frango ao molho e salada de beterraba, comentavam estar muito contentes por poder voltar à escola depois de um longo período de aulas remotas.  

Quando perguntadas o que mais gostam na merenda da Emef Estevam Placêncio as três são unânimes: o dia que servem estrogonofe. 

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