Semana da Luta Antimanicomial é marcada por diversas ações em Barueri
- 22 de maio de 2025
Resumo:
- Barueri participou ativamente da Semana da Luta Antimanicomial com ações culturais, esportivas e de conscientização, envolvendo diversos setores da cidade.
- A delegação marcou presença no ato estadual de encerramento na Assembleia Legislativa, em São Paulo.
- O evento reforçou o compromisso com tratamentos humanizados e o combate à lógica manicomial.
Na última sexta-feira (16), Barueri esteve representada por uma expressiva delegação na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, no bairro do Ibirapuera, na capital paulista, durante o encerramento da Semana da Luta Antimanicomial. Caravanas de diversos municípios paulistas se reuniram no Hall Monumental da Assembleia para acompanhar os discursos de importantes representantes da saúde mental, como Rogério Giannini, presidente do Sindicato dos Psicólogos de São Paulo, e Eduardo de Menezes Pedroso, tesoureiro do Conselho Regional de Psicologia.
Durante os pronunciamentos, foi enfatizado que ainda existem instituições com características manicomiais no Brasil, disfarçadas sob o rótulo de “comunidades terapêuticas”, e reforçada a necessidade de tratamentos humanizados, sem segregação de pacientes. Entre as autoridades políticas presentes estiveram os deputados estaduais Eduardo Suplicy (PT) e Carlos Giannazi (PSOL).
Na ocasião, também foi celebrada a protocolização de dois Projetos de Lei de autoria coletiva do Partido dos Trabalhadores (PT): o PL 468/2025, que visa desestimular investimentos em tratamentos com características asilares, e o PL 469/2025, que propõe a obrigatoriedade do financiamento da Rede de Atenção Psicossocial pelo governo estadual. O evento contou ainda com uma apresentação do grupo teatral do CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) Itapeva e a premiação de usuários-artistas de diversos CAPS do estado de São Paulo nas categorias Literatura, Escultura, Fotografia, Vídeo, Pintura e Ilustração. O encerramento aconteceu com uma caminhada até o Cecco (Centro de Convivência e Cooperativa) Ibirapuera.
“As ações desenvolvidas ao longo da Semana da Luta Antimanicomial reafirmaram os princípios da reforma psiquiátrica, o rompimento da lógica manicomial nos modos de agir, pensar e se relacionar, além de destacarem a importância do engajamento dos diferentes setores no combate ao estigma da doença mental”, afirmou Viviane Siqueira da Silva, chefe técnica do CAPS II Adulto Estação.
Saiba mais
Barueri promoveu uma extensa programação entre os dias 12 e 16 de maio, envolvendo diversas secretarias e a participação da comunidade. Confira o que foi feito na cidade:
Segunda-feira (12) – Abertura solene da Semana da Luta Antimanicomial, realizada no Complexo Esportivo do Jardim Silveira, com exposição fotográfica das atividades dos CAPSs de Barueri. O evento contou com a presença do secretário de Esportes, Tom Moisés, e do secretário de Saúde, Milton Monti.
Terça-feira (13) – “CAPS no Parque”, em parceria com a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), no Parque Municipal. A programação incluiu dinâmicas, atividades físicas conduzidas pelo professor Rafael Alves, do programa VidAtiva, além de depoimentos e apresentações artísticas de usuários. O cantor Fabinho Godoi e sua banda encerraram o dia.
Quarta-feira (14) – Feira de Economia Solidária da Saúde Mental, com exposição e venda de produtos elaborados por usuários dos grupos terapêuticos de Barueri, São Paulo, Osasco e Santana de Parnaíba. A feira foi realizada no Ganha Tempo e no Terminal Barueri.
Quinta-feira (15) – Realização do Intercaps, torneio esportivo de futsal e xadrez com a participação de municípios da Região Oeste que possuem CAPSs (Barueri, Carapicuíba, Itapevi, Jandira, Osasco e Santana de Parnaíba). O evento reuniu centenas de usuários, profissionais da saúde e do esporte, amigos e familiares.
Palavra do Secretário de Saúde de Barueri, Milton Monti
“A luta antimanicomial é permanente e precisa ser constantemente lembrada. Precisamos garantir acolhimento, tratamento humanizado e todas as possibilidades para que as pessoas em sofrimento psíquico possam viver em convívio com suas famílias e com a sociedade.”
