
Girl Power! Barueri celebra o Dia da Menina com arte, poesia e empoderamento
- 17 de outubro de 2025
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Resumo:
- Barueri celebrou o Dia da Menina com um evento cheio de arte, poesia e empoderamento, destacando a importância da igualdade e do protagonismo feminino.
- A programação contou com apresentações, exposições artísticas e reflexões sobre direitos e desafios enfrentados pelas meninas.
- A ação reforçou o compromisso local com políticas de proteção, inclusão e autonomia feminina.
A Prefeitura de Barueri, por meio da Secretaria da Mulher, celebrou nesta quinta-feira (16) o Dia da Menina, data internacionalmente reconhecida em 11 de outubro, com um encontro repleto de arte, emoção e protagonismo juvenil. Sob o tema “O que as meninas precisam para alcançar seus desejos?”, o evento reuniu diversas instituições parceiras e foi conduzido pela estudante de jornalismo Yasmin Lara, de 20 anos, que compartilhou com o público sua trajetória de aprendizado e inspiração junto à Coordenadoria Rede Mulher da Secretaria.
Durante o cerimonial, Yasmin destacou a importância de espaços que fortalecem as meninas enquanto cidadãs: “Aprendi muito aqui, não apenas profissionalmente, mas como menina e como mulher. Estar hoje à frente desse evento é uma alegria imensa.”
A secretária da Mulher, Adriana Bueno Molina, realizou a abertura oficial, reforçando o compromisso da gestão com políticas que promovem direitos e oportunidades para meninas e adolescentes. A data integra a Semana Municipal das Meninas, instituída pela Lei nº 3.069/2024, que incentiva ações socioeducativas e preventivas para eliminar desigualdades de gênero e ampliar a autonomia feminina.
Saiba mais
Meninas no palco e na arte
As apresentações começaram com as meninas da Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SDPD), que emocionaram o público com a dança “Minha Escolha Diária”. “Eu achei muito legal dançar e me senti muito feliz. Ter um dia nosso é muito bom para fazer as meninas mais felizes”, contou Giovana Lorenço, de 10 anos, que tem TEA e faz acompanhamento pela SDPD.
Em seguida, as jovens da Associação para Proteção de Crianças e Adolescentes (Cepac) deram continuidade à celebração. A adolescente Kimberly Vitória da Silva, de 14 anos, apresentou sua “Poesia de Menina”, escrita a partir de vivências pessoais e da admiração por sua mãe. “Eu cresci numa família em que sou a única menina. Me inspirei na minha mãe, que foi mãe e pai. Quis mostrar que a vida não é um conto de fadas, mas cheia de força e superação.”
Meninas no Hip Hop!
As alunas das oficinas de hip hop do Cepac também subiram ao palco para mostrar que o ritmo e a expressão urbana têm lugar para todas. Leandra Vitória Cordeiro Ferreira, de 14 anos, relatou como encontrou na dança um caminho de pertencimento. “Entrei achando que não ia gostar, mas fui me adaptando e hoje o hip hop é minha vida.
Hip hop é pra meninas sim!
Isso motiva a população feminina.” Julia de Souza, 14 anos, também participou da ação e compartilhou sua vivência: “Eu fiquei nervosa na apresentação, mas gostei muito. Comemorar o Dia da Menina é muito importante porque traz mais autoconfiança para meninas e mulheres.”
A força da expressão artística
Além das apresentações, o público conferiu uma exposição montada na própria Secretaria da Mulher, com telas, peneiras e bandeiras produzidas por diversos artistas dos Centro de Referência de Assistência Social (Cras). As obras, inspiradas na pergunta “O que as meninas precisam para alcançar seus desejos?”, exibiam imagens potentes e simbólicas sobre liberdade, identidade e direitos.
A artista plástica Yasmim Kauanna, professora e curadora independente, compartilhou sua experiência à frente das oficinas de pintura, explicando como o processo criativo se tornou um espaço de escuta e transformação. “Gostaria de agradecer o espaço. Foi aqui que comecei a dar minhas primeiras pinceladas e tive o incentivo para me tornar a profissional que sou. Meu trabalho fala sobre os objetos e as construções da ideia de normatividade. Eu provoquei a Secretaria a ter acervo de mulheres e a Secretaria de Cultura a ter acervo de temas ligados à comunidade LGBTQIAPN+.”
A programação também contou com a artista digital Heyflora, nome artístico de Michelly Raposo Teixeira, que falou sobre o universo feminino na arte e nos e-sports: “Sou a única menina no grupo em que trabalho. Faço um estilo de arte diferente e encontrei espaço. Sou iluminada entre os meninos, principalmente pelo estilo de arte que faço.”
Um convite à reflexão
Dados da ONU e da Fundação Malala reforçaram a urgência de se garantir direitos básicos como educação, liberdade e proteção contra a violência:
- A cada 10 minutos, uma menina morre em algum lugar do planeta, vítima de violência.
- Mais de 60 milhões de meninas não têm acesso à educação no mundo.
- 750 milhões de meninas e mulheres foram obrigadas a casar antes dos 18 anos. 133 milhões de mulheres e garotas tiveram seus órgãos genitais mutilados em países da África e Oriente Médio, onde essa prática bárbara ainda acontece.
- A maioria das meninas que sofreu mutilação genital tinha menos de 10 anos.
- 90% das meninas e adolescentes vivendo em países em conflito estão fora das escolas.
- Somente 52 países declararam o estupro dentro do casamento como crime, o que significa que 2,6 bilhões de mulheres e meninas estão sujeitas a ele.
- Em alguns países, um terço das adolescentes do sexo feminino relatou que suas primeiras experiências sexuais foram forçadas.
- 37,7% das meninas brasileiras acham que, na prática, meninas e meninos não têm os mesmos direitos.
A ativista Malala Yousafzai, a mais jovem ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, é símbolo mundial dessa luta. Baleada aos 14 anos por defender o direito à educação de meninas no Paquistão, ela transformou sua dor em causa global, criando a Fundação Malala, que atua para garantir educação e igualdade de oportunidades a meninas em todo o mundo. Como lembra Malala: “Não podemos ir adiante e ser bem-sucedidas quando metade de nós é deixada para trás.”











