Fórum do Caps Infantil e da Juventude reúne profissionais de saúde mental em Barueri

- 03 de outubro de 2025

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Resumo:

• O I Fórum Intermunicipal dos Caps Infantojuvenis reuniu profissionais de saúde mental e representantes de diversas secretarias em Barueri para discutir melhorias no atendimento a crianças e adolescentes.  
• O evento promoveu a troca de experiências, relatos de usuários e destacou a importância da integração entre setores.  
• Também foram definidas ações para fortalecer a rede de apoio, como encontros bimestrais e canais de comunicação. 

Na manhã de quinta-feira, 25 de setembro, foi realizado na sede do Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (Caps IJ) o I Fórum Intermunicipal dos Caps da Infância e Juventude da Região Oeste da Grande São Paulo. O evento contou com a presença de diversos profissionais da área da saúde mental, como psicólogos, terapeutas ocupacionais e assistentes sociais, vindos de Barueri, Pirapora do Bom Jesus e do Serviço de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto (SMSE-MA), da Mooca, na capital paulista.  

O SMSE é vinculado ao Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e oferece acompanhamento a adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas ou de prestação de serviços à comunidade, por determinação judicial. Além da rede de saúde mental, o Fórum reuniu representantes de outras secretarias e instituições, como a Secretaria da Família (Sefam), a Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SDPD), a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), o Instituto Barueri Paralímpico (IBP), o Conselho Municipal de Justiça (CMJ) e o Conselho Municipal de Saúde (CMS), entre outros.  

Espaço de escuta e troca
“O Fórum é um espaço coletivo de discussão sobre os Caps Infantojuvenis, que são serviços públicos voltados à saúde mental de crianças e adolescentes. Ele reúne colaboradores da rede municipal, de Caps IJ de municípios vizinhos, além de usuários e familiares”, explicou Fernanda de Alcântara Savignano, chefe técnica do Caps IJ. Fernanda destacou ainda que o principal objetivo do evento é compartilhar experiências, discutir desafios e propor melhorias no atendimento à saúde mental do público atendido. “O Caps é também um importante espaço de escuta e protagonismo da população, contribuindo para o desenvolvimento de estratégias mais eficazes e humanizadas de cuidado”, completou.  

Saiba mais
Vivências e relatos
O Fórum também foi marcado pela participação de familiares e usuários dos serviços, que compartilharam vivências importantes para o debate. Embora não relacionadas diretamente à rede de Barueri, foram relatadas situações de bullying e até agressões físicas contra crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA).  

Em contrapartida, uma mãe destacou os avanços de seu filho com esse transtorno, que está prestes a ingressar na universidade, atribuindo o progresso ao acompanhamento multiprofissional oferecido pela rede municipal de saúde e ao apoio das escolas da cidade.  

Integração dos setores 
Os profissionais presentes ressaltaram a importância da integração entre os departamentos da Saúde e outras secretarias, para garantir um fluxo de atendimento mais eficiente e humanizado à população. Foi criada uma rede de comunicação via aplicativo de mensagens, com o objetivo de facilitar a troca de informações e organizar as próximas edições do Fórum, que passarão a ser bimestrais.  

Também foi sugerida a descentralização dos encontros, permitindo maior participação de profissionais de saúde e representantes das secretarias municipais. Todas as propostas e deliberações foram registradas em ata elaborada pelo Caps IJ. 

Depoimentos
Ingrid Pires, assistente social do SMSE-MA/Mooca, avaliou positivamente o evento: “Em São Paulo, existem cerca de 50 unidades como a nossa, e todas são ligadas à Assistência Social, não à Saúde. Foi muito produtivo participar do Fórum, pois pudemos conhecer como outros municípios estão lidando com a saúde mental. Aprendemos muito”, destacou ela, que participou ao lado de outra profissional da equipe.  

Andréia Oliveira, assistente social da Prefeitura de Pirapora do Bom Jesus, também esteve presente: “Nossa realidade é diferente, pois ainda não temos um Caps no município. Os moradores precisam utilizar a unidade de Santana de Parnaíba. Já estamos em processo de capacitação para quando nosso Caps estiver em funcionamento”, comentou.