Secretaria da Mulher celebra 13 anos da Lei Maria da Penha
- 08 de agosto de 2019
Com a presença da lutadora profissional Érica Paes e do cordelista Tião Simpatia, a celebração dos 13 anos da Lei Maria da Penha, na Secretaria da Mulher, na quinta-feira (dia 8), contou com poesia e muita informação sobre o combate à violência e sobre as ações do Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência.
A abertura contou com a fala da secretária da Mulher, Giani Cristina de Souza que citou as ações voltadas à proteção da mulher em Barueri. “Em nosso município temos 10 legislações que protegem ou dão destaque para a mulher. Hoje, o meu sentimento é um misto de alegria (porque temos leis que combatem a violência contra mulher) e tristeza (porque toda manhã vemos notícias de violência contra mulher). É um momento de reflexão, porque mesmo com a Lei Maria da Penha, que é considerada a mais moderna do mundo, ainda assim os crimes continuam”, declarou.
A ex-lutadora de MMA, campeã mundial de jiu-jítsu e especialista em defesa pessoal, Érica Paes marcou presença compartilhando a sua história de vida e ensinou técnicas de defesa pessoal.
“Esse trabalho não é contra os homens, mas contra a violência. Entrei para luta com 12 anos e aos 13 já era referência internacional de jiu-jítsu. Mesmo com esse histórico, fui vítima de violência doméstica. Graças ao conhecimento técnico nas artes marciais eu não sofri sequelas graves. Foi aí que percebi que se essas tentativas de violência foram frustradas, eu poderia ajudar as mulheres a se defenderem com as técnicas de defesa pessoal”, afirmou.
Lei Maria da Penha em Cordel
“Tá no artigo primeiro, que a lei visa coibir; a violência doméstica; como também, prevenir; com medidas protetivas e ao agressor, punir”, esse verso é da música Lei Maria da Penha em Cordel, do cordelista e poeta Sebastião Félix de Oliveira Jucá, o Tião Simpatia, que encerrou a cerimônia com a canção que foi composta a pedido da própria Maria da Penha, farmacêutica que inspirou a criação a da lei.
“Os versos e canções visam de forma lúdica divulgar esse tema de combate à violência, que é tão pesado, e trazer a arte e a literatura para falar sobre a Lei Maria da Penha" afirmou Tião.
Agressão, assédio e feminicídio contra mulheres continuam
Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2018, foi registrado que a cada uma hora, 536 mulheres sofrem agressões físicas no Brasil. 66% das mulheres com idade entre 16 e 24 anos relatam ter sofrido assédio no último ano. Os índices indicam ainda que casos de feminicídio aumentaram 76% no primeiro trimestre deste ano.