Temp

Palestra trata da prevenção, rastreio e sinais do câncer de mama

- 19 de outubro de 2022

Prevenção, rastreamento (ou detecção precoce) e atenção aos sinais. Esses três pontos foram destacados na palestra “Câncer de mama: prevenção e sinais de alerta”, que aconteceu nesta terça-feira (dia 18) no Centro de Especialidades Luiz Maria Barletta, ministrada pela mastologista Anna Camilla Nascimento Caetano Lima Nunes.

Organizada pela Coordenadoria Técnica de Assistência Especializada da Secretaria de Saúde, a iniciativa faz parte da programação do Outubro Rosa e registrou a presença de 30 profissionais da área, como enfermeiros, técnicos em enfermagem, funcionários administrativos, entre outros.

Betty Ford foi pioneira
Na primeira parte da palestra, o diretor técnico do Centro de Especialidades, Felipe Ribeiro Cardoso, apresentou um amplo painel histórico sobre a evolução dos cuidados com relação ao câncer de mama. O diretor contou como iniciaram as discussões sobre o tema, desde os anos 70 até hoje. Ele mencionou o trabalho pioneiro da ex-primeira-dama dos Estados Unidos, Betty Ford (casada com Gerald Ford), que em 1974, permitiu ser fotografada de roupão ao passar por uma mastectomia e deu visibilidade inicial à doença. Também apresentou a linha evolutiva das políticas públicas voltadas ao assunto no Brasil.

Já Anna Camilla apresentou dados sobre a incidência do câncer de mama no Brasil e no mundo. “A previsão é que haja cerca de 66.280 casos no Brasil e 2,3 milhões em todo o mundo”. Ela ressaltou que é a doença que mais vitima as mulheres, sendo que em 2018 faleceram 627 mil no mundo, sendo 18.295 no Brasil.

Diminuição da incidência
A intenção com a difusão das informações sobre a doença é diminuir sua incidência junto à população, aumentando a conscientização e orientando sobre as práticas e cuidados. Entre as orientações para evitar o câncer de mama estão o combate ao sedentarismo, à obesidade, ao tabagismo e ao consumo exagerado de álcool. “Com tais cuidados, estima-se que se pode evitar de 25 a 30% dos casos”, disse.

Também foi chamada a atenção para o diagnóstico precoce, que contribui para o sucesso do tratamento quanto mais cedo for diagnosticado. “Quando se tem a descoberta cedo da doença as chances de cura são de 95%”.

Em síntese, a intenção é conscientizar a população no sentido de fazer o autoexame, que pode sinalizar algum problema na mama. Já com o rastreamento, faz-se as mamografias para identificar eventuais casos – apesar de importante, o autoexame é insuficiente para detectar tumores menores de 1cm, por exemplo. E, por fim, detectada a presença da doença, promover os encaminhamentos adequados para o tratamento.

A palestra será promovida novamente na quarta-feira, dia 19, também no Centro de Especialidades, a partir das 9h, para um novo grupo de colaboradores da rede municipal de saúde da cidade.

Temp Temp Temp Temp Temp Temp Temp