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Barueri encerra programação do Setembro Amarelo com roda de conversa

- 01 de outubro de 2021

A programação do Setembro Amarelo (campanha de prevenção ao suicídio) em Barueri se encerrou nesta quinta-feira, dia 30/09, com a Roda de Conversa promovida pelo Centro de Atenção Psicossocial Adulto (Caps II - Estação). Dois grupos de pacientes (um pela manhã e outro à tarde) junto com psicólogos, enfermeiro e assistentes sociais se reuniram ao ar livre na Praça dos Estudantes, no Centro, para refletirem sobre a importância da valorização da vida, autocuidado e cuidado com o outro.

À tarde, o secretário de Saúde de Barueri, Dionisio Alvarez Mateos Filho, participou da atividade e elogiou a organização da programação do mês e as ações realizadas. “Acho que aqui, nesta roda de conversa, é importante que os participantes se sintam livres para falarem o que sentem, respeitando a vontade deles”, disse.

No mês de setembro, a Prefeitura programou uma série de ações que envolve informação e escuta especializada para ajudar quem precisa a fazer parte da rede de apoio psicológico, sobretudo no que se refere às questões envolvendo o suicídio.

No caso da Roda de Conversa, a diretora de Saúde Mental, Rita de Cássia Bittencourt Stella, explica que a ideia é “focar na qualidade de vida, nos projetos que a pessoa tem para realizar”. Na atividade, além da conversa, os pacientes foram convidados a desenhar e a caminhar pelo entorno da praça.

O paciente A., de 26 anos, disse que o que mais gosta de fazer é desenhar. Ele afirmou ainda que se sentiu muito sozinho na pandemia e a falta que fizeram os atendimentos presenciais no Caps, por conta da quarentena.

Maior conscientização sobre o tema
O secretário Dionisio lembra que quando iniciou na medicina (ele é cardiologista) há algumas décadas era muito comum os médicos não darem a importância devida aos pacientes com queixas emocionais ou que já haviam tentado o suicídio. “Na época, vi muitos médicos ironizando os próprios pacientes que tentavam se suicidar. Isso mudou muito depois das sucessivas campanhas sobre o assunto. Mas ainda hoje têm médicos que não dão a atenção necessária ao tema”, lamentou o secretário.

O Caps II Adulto retomou o atendimento presencial dos pacientes, ainda de maneira moderada. Antes os atendimentos em grupos reuniam cerca de 30 pessoas, hoje, são por volta de cinco. No prontuário do Centro existem cerca de 10 mil inscritos com psicopatologias variadas, como esquizofrenia, psicose, transtorno de personalidade, entre outras.

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