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Zoonoses alerta sobre os riscos de contato com morcegos

- 14 de maio de 2021

Morcegos são mamíferos capazes de voar, de hábitos noturnos que saem dos abrigos ao entardecer para se alimentar. Existem várias espécies de morcegos e a maioria se alimenta de insetos, néctar de flores ou frutos e de pequenos animais.

Na natureza podem se abrigar em copas de árvores ou cavernas; já nas áreas urbanas, podem se alojar em tubulações, estruturas abandonadas, residências, principalmente em locais escuros, úmidos e pouco frequentados, como forros, sótãos ou porões.

Há apenas três espécies que se alimentam de sangue e, ainda assim, preferem o sangue de animais. Os morcegos são importantes para polinização e controle de insetos. São animais protegidos pela Lei 9605/98 e sua eliminação direta pode configurar crime ambiental. Os principais indícios da presença desses animais são fezes e o ruído característico. 

Apesar de qualquer mamífero ser capaz de adquirir e transmitir a Raiva, os morcegos são considerados os animais de maior importância para o risco de transmissão da doença, que pode acometer seres humanos e animais de estimação. A Raiva é grave e quase sempre fatal quando o tratamento não é instituído rapidamente. A transmissão ocorre pela introdução do vírus, que fica presente na saliva de animais infectados, principalmente por meio de mordidas e arranhões.

No ano de 2020, o Departamento Técnico de Controle de Zoonoses (DTCZ) de Barueri atendeu 41 reclamações referentes a morcegos. Na maioria das vezes, os animais foram encontrados por moradores em condições inabituais: caídos durante o dia, mortos, dentro de casa ou atacados por animais de estimação. Essas condições podem indicar que o morcego está doente, o que representa maior risco para as pessoas, pois o animal pode estar com Raiva e transmiti-la a cães e gatos, assim como a humanos por meio do contato direto.

Entretanto, o DTCZ esclarece que situações em que os animais são vistos sobrevoando casas ou árvores frutíferas, principalmente no início da noite, são consideradas normais e não devem despertar pânico na população.

Para prevenir qualquer acidente, a Zoonoses lista algumas atitudes que devem ser tomadas:

  • Nunca manipular nenhum tipo de morcego, vivo ou morto, pois há risco de transmissão da raiva;
  • Não tentar pegar, pois a captura de morcegos só pode ser feita por profissionais especializados e legalmente autorizados;
  • Em casos de residências desocupadas, realizar fechamento de espaços (portas, janelas, forros, vãos e outros) que possam servir como abrigo para morcegos e animais sinantrópicos;
  • Caso haja suspeita de morcegos alojados no forro ou em algum outro local do imóvel, o munícipe deve contatar o DTCZ para receber as devidas orientações;
  • A população também deve evitar contato com outros animais silvestres, como saruês (gambás), saguis e raposas, pois eles também podem transmitir a doença.

Em caso de contato com o animal, o cidadão deve procurar com urgência a unidade de saúde mais próxima para orientação médica. Se um animal doméstico (cão ou gato) tenha tido contato com o mamífero, procure um médico veterinário ou o DTCZ e mantenha-o vacinado contra Raiva.

Caso encontre um morcego dentro de casa ou durante o dia, vivo ou morto, basta ligar para o Departamento Técnico de Controle de Zoonoses, por meio do telefone (11) 4198-5679 de segunda a sexta-feira das 8h às 17h, ou para a Guarda Civil Municipal Ambiental pelo telefone (11) 4199-1400 todos os dias, das 17h às 18h, e aos finais de semana e feriados, das 06h às 18h.

Para mais informações e esclarecimentos, entre em contato com a Zoonoses pelo e-mail saude.vszoonoses@barueri.sp.gov.br. Há também informações na página da Vigilância Sanitária

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