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Empatia é a palavra de ordem em evento sobre humanização na saúde

- 15 de setembro de 2022

A capacidade de colocar-se no lugar do outro. A frase, que explica o significado da palavra “empatia”, pode bem representar o sentido que norteou as atividades desta quarta-feira (dia 14) no Centro de Eventos de Barueri. Foram palestras, dinâmicas, simulações e discussões que aconteceram e seguem na quinta-feira (dia 15) como parte das atividades voltadas ao tema da humanização na saúde.

As atividades são uma iniciativa do Núcleo de Educação Permanente em Saúde (NEPS), em conjunto com a Diretoria Técnica em Qualidade e Segurança do Paciente (DATQSP), da Secretaria de Saúde de Barueri. Acontecem no âmbito da Política Nacional de Humanização, ou HumanizaSUS, cujas diretrizes pregam pôr em prática os princípios do tratamento humanizado do SUS no cotidiano dos serviços de saúde.

Cerca de 90 funcionários participaram das ações pela manhã e 92 no período da tarde. Nas atividades de quinta e sexta-feiras (dias 15 e 16) são aguardadas um contingente parecido de colaboradores no centro de eventos.

Entre as atividades está a palestra de Mary Nunes, da ETEC Antônio Furlan e do Centro de Diagnósticos Maria Mariano Meneghin. Mary aborda as questões do tratamento humanizado de modo a considerar tanto o lado do profissional de saúde quanto o do paciente ou de seus acompanhantes, familiares.

Acolhimento
Mary aborda a temática do tratamento humano valendo-se tanto de suas experiências profissionais quanto pessoais. “São dois momentos, em um me coloco como enfermeira que pratica a humanização no atendimento, mas trago também meu lado mãe, que tem um filho que neste momento está em tratamento numa UTI”, disse ela, que completa: “sei muito bem do valor da enfermagem, por exemplo, no acolhimento e tratamento do paciente”. 

O evento tem também uma simulação de um pré-natal e um parto, retratando posições divergentes entre os profissionais envolvidos no procedimento. Nela pode-se refletir sobre caminhos mais adequados para o enfrentamento da situação, sempre sob a perspectiva humanizadora. Outra atividade é a reprodução de uma sala de hospital com um interno numa maca, montada de modo para que o funcionário da saúde se veja no lugar do paciente.

Construção da saúde
A organizadora do evento, Roseni Melo Mendonça, responsável técnica da DATQSP e do NEPS, qualificou o primeiro dia de atividades como bastante produtivo. “Todos somos responsáveis pelo trabalho de construção da saúde: os trabalhadores da saúde, os usuários dos serviços e os gestores”, disse Roseni.

Segundo ela, o compartilhamento do processo de construção da saúde, feito de modo coletivo e agindo sob princípios éticos, dá autonomia para todos os envolvidos no processo e os coloca como co-responsáveis pelo trabalho.

Para a enfermeira Kely Pessini, as atividades foram importantes: “Mostram como a humanização é fundamental e como é complexo de compartilhá-la diante da correria do dia a dia do trabalho”. Segue na mesma linha a técnica de enfermagem Leandra Fortunato da Silva: “as ações foram interessantes e mostram como ter empatia com os pacientes e mesmo entre a equipe”.

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