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Curta-metragem e debate comemoram 16 anos da Lei Maria da Penha

- 25 de agosto de 2022

A iniciativa em exibir o curta-metragem “Alice – Ficar em silêncio não é a melhor opção” na terça-feira (dia 23) foi para celebrar os 16 anos da Lei Maria da Penha (11.340/06), que tem por objetivo prevenir a violência doméstica e familiar contra as mulheres, assim como responsabilizar os autores do crime. Mas não só isso. A mostra do filme serviu como pano de fundo para a roda de conversa sobre o tema, que aconteceu na sequência e contou com a participação da Guarda Civil Municipal de Barueri (GCM) nas dependências da Unidade Básica de Saúde (UBS) Katia Kohler, no Engenho Novo.

A exibição do filme, assim como o debate, contou com a participação de vinte pessoas. O debate foi conduzido pelas assistentes sociais Elaine Cristina Colen, da UBS, Tereza Martins Peixoto, do CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) e a guarda municipal Esmeralda Santos, que apresentou o trabalho do programa Guardiã Maria da Penha.

Curta-metragem
O filme aborda a progressiva escalada de violência, simbólica e física, contra a personagem Alice por parte de seu companheiro, até a sua libertação. A película mostra o desenvolvimento do ciclo da violência contra a mulher, que começa de forma sutil até ir se agravando e chegar nas agressões físicas e em graves prejuízos psicológicos.

A agente Esmeralda Santos, da GCM, explicou as ações do programa Guardiã Maria da Penha, da Secretaria de Segurança Urbana e Defesa Social (SSUDS). Segundo ela, desde 2016, quando o programa teve início, mais de 450 mulheres vítimas de violência doméstica foram atendidas, sendo que atualmente cerca de 40 outras moradoras da cidade estão acolhidas pela iniciativa.

Acolhimento
A agente Esmeralda mostrou como são feitos os trabalhos de acolhimento e fiscalização do cumprimento das medidas protetivas para as vítimas de agressão. “É preciso, muitas vezes, fazer o encaminhamento para o recebimento de pensão ou mesmo para um psicólogo, quando necessário”. Ela citou o CRAM (Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência), da Secretaria da Mulher, como um dos locais de amparo. Atualmente, o programa Guardiã Maria da Penha conta com duas viaturas e três membros cada, sendo que um deles é uma guarda.

Para Ilda Tenório Alcantara, responsável administrativa da UBS Katia Kohler, tanto o filme quanto a roda de conversa foram bastante interessantes. “Muitas vezes não se sabe a dimensão da violência e é uma discussão muito importante a ser feita”.

“Mesmo quando a questão é resolvida judicialmente, muitas vezes é preciso dar condições para a mulher vítima de agressão seguir a vida, inclusive financeiramente. Há casos que as mulheres não têm como pagar o aluguel, por exemplo. Daí a importância em também dar assistência após a denúncia. Não são poucos os casos em que as mulheres estão muito abaladas, em todos os sentidos”, completou.

Com os bons resultados da iniciativa e com o intuito de ampliar o público, a experiência da exibição do filme, assim como a roda de conversa após a exibição, pode ser num futuro breve compartilhada nas escolas municipais e ONGs da região.

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